Style Vintage: DAVID BOWIE : O CAMALEÃO DO ROCK E A MODA

David Bowie, circa May 1973.

A relação entre a música e a moda é mais antiga do que a gente pensa e fica difícil dizer quem necessita de quem. Eu diria que as duas instiuições funcionam tão bem pela fusão de uma com a outra. È sabido que grandes nomes da música beberam na fonte da moda como: James Brown, Elvis Presley, Michael Jackson, Madonna ( com o corsé Gaultier) e recentemente Lady Gaga.
Nessa história toda, existem muitos nomes não tão midiáticos que mantiveram ao longo de suas carreiras musicais um forte apelo fashion.
Eu gostaria de falar um pouco sobre a relação de David Bowie e a moda. O cantor sempre deixou muito evidente as influências da moda emaranhada em um traço cênico em sua obra.

Givenchy by Riccardo Tisci, Spring 2010

E também influenciou muitos grandes da moda como é o caso desse psicodélico terno resgatado por Tisci a poco tempo.

David Bowie em meu olhar é singualar, pois faz música boa, sentida, com arranjos lindos....me emociona e possui um apelo estético formidável.

Ver uma apresentação antiga do cantor é entrar em uma viagem psico. Ver Bowie como Ziggy, vivendo e revisitando as lamurias e angustias do menino, homen Ziggy é profundo e humano.

Bowie, a.k.a. Ziggy Stardust, in New York City, 1973.

Jean Paul Gaultier, Spring 2011

A veia cênica articulada por Bowie tem lugar no fato de o cantor ter buscado canalizar suas energias no ramo artístico. Foi cantor de igreja, mímico e rejeitado em teste para o musical hair ( quer mais!).

Bowie foi o fundador do estilo GLAN ROCK, de acordo com Kavin Cann- escritor do livro Any Day Now- que narra a vida do cantor.

Bowie as Major Jack Celliers in Merry Christmas Mr. Lawrence, 1983.

Mr. by Roland Mouret, Fall 2011.

Ziggy Stardust, 1973.

Em 1972, Bowie criou o personagem Ziggy Stardust e passou a investir no visual new glan, que se tornaria sua marca registrada. Esse visual se caracteriza por roupas pomposas com brilhos, paetés, sapatos de salto e maquiagem marcada, mas o detalhe David leva todas essas referências para o mundo masculino, deslocando-as da esfera feminina sem nenhuma afetação.

A maquiagem do raio no rosto é referência do teatro Kabuki, tem lugar nas criações do estilista Kansai Yamamoto, que o cantor descobriu em uma viagem em 1973 ao japão.

Prada, Spring 2008.

Bowie, 1974.

O aparato estético que Bowie movimenta ao entrar em cena são ecos de encontros e desencontros com ele mesmo e representam a complexibilidade dos sujeitos que precisam da música, das artes, das cênicas, da moda para relaxar, para viver apaziaguados consigo mesmos.