ROCHAS
Começou ontem a semana de moda de Paris. Veio a semana de moda e com ela a notícia da demissão de Galliano da maison DIOR. Eu, depois dessa triste notícia, não tive vontade de ver os desfiles e comentá-los, empolguei-me um pouco depois de ter visto o show de Balenciaga, mas ainda estou muito tocada com tudo isso. Quem gosta e vive a moda sabe o quanto é esquizofrenica esta retirada de Galliano da Dior.
Tinha que ser na França.... só poderia ser lá.
Que movimento é esse de renovação no interior da moda francesa? Primeiro é Carine Roitfeld que nos deixa ..e agora Galliano. Claro que não há relação entre os episódios, mas não podemos deixar de pensar que são duas perdas enormes e justo na moda francesa.
Oque me conforta em tudo isso é que Galliano está vivo.... o artista pode e vai continuar criando!!! e isso é a notícia boa neste episódio macabro que acabamos de ver no interior do bairro Marais.
Não confundam as coisas, coloco-me em um ato de afeto e respeito pela grandiosidade do artista que é Galliano, coloco-me ao seu lado, mas de forma alguma compactuo com as palavras desumanas que o mestre proferiu em tom lendo e embriagado ao casal no la Perle. Foi um ato incapaz de compeensão, e nada pode diminuir o asco que senti ao ver o vídeo de Galliano falando as coisas mais podres que alguém poderia dizer para outrem, sobretudo na europa que foi berço ou mentora de todos os movimentos mais terríveis e sangrentos da humanidade. Tudo nessa história é lastimável: o tema ( uma das passagens mais duras e assassinas da história), a fragilidade do mestre que parece ter o mundo a seus pés e naquela hora evidenciou um sujeito sem lugar.
Segundo relatos de conhecedores da vida parisense, o La Perle configura um bar frequentado massivamente por judeus e homossexuais, inclusive o bairro Marais é históricamente fundado e habitado por judeus. Outro ponto curioso é que Galliano frequentava constantemente o bar, tanto que posuia seu lugar de sempre lá. Aí fica o questionamento porque dizer tudo aquilo.... porque dizer aquilo lá ?
Mas o ponto que questiono não é esse. O ponto de estranhamento é a atitude da Dior e da França que com essa tomada de decisão fazem quase o mesmo que Galliano quando insulta os judeus. Galliano foi demitido sem ter tido a sua versão analisada, talvez até sem ter tido seu percursso na casa considerado. Nessa história só quem fala é o recorte do vídeo que o The Sun explorou e antes mesmo de poder falar, de ser ouvido já foi descartado. O processo mal começou a andar na justiça francesa e a Maison já o demitiu. Cerceamento de defesa tavestido, julgamento antecipado da lide disfarçado pela maison? Assim, Galliano já antes mesmo de investigação e sentença transitada e julgada paga caro pelo dito.
As vezes, essas irônia do destino vem "ao revés". kate Moss por exemplo depois do vídeo usando drogas vendeu e auferiu muito mais do que antes do escândalo. Não sei.... não sei o andamneto de tudo isso... sei que eu como admiradora incondicional do trabalho de Galliano tenho mais vontade ainda de ver seu último show pela
Voltando á ROCHAS .... Eu gostei do desfile da última grande maison a resucitar. Mas achei Marco Zanini contido....esperava mais do precursor do estilo sesentinha reproduzido massivamente pela moda italiana nesta temporada de propostas.
A Rochas veio contida em um movimento crescente do anos 60( coleção anterior) para os anos 70. Vimos as pantalonas bem anos 70, as saias longas, febre na moda atual. A calça e as saias são sim a grande revelaçaõ junto com a silhueta casulo, explorada por Zanini e suas amiguinhas italianas.
A idéia hypada é fugir de shapes colados, a turma retrô da moda francesa está apostando em shapes casulos e tudo que for longe do corpo.
DRIES VAN NOTEN
Tanto a Rochas como a Dries confirmam minha interpretação de que a moda francesa está voltada para o estilo fresco, contido, fácil de usar e difícul de compor, quase minimal frente a estravagância. Uma considerável diferença da moda italiana, mais cênica e presente.
Bjuss a todos volto logo com Balenciaga que está lindo ...diferente ....adoro as idéias quase indecentes de Chesquieré e Balmain.
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